terça-feira, 8 de maio de 2012

Ficar no Atlético, ou voltar para o Wolfsburg?

Quando deixou o Werder Bremen, muitos apontaram que o sucesso do meia Diego despontaria para o cenário europeu em questão de tempo. Veio a passagem pela Juventus, onde não conseguiu repetir o bom futebol, e os tempos atribulados no Wolfsburg, em 2010. No Atlético de Madrid, os desafetos da Alemanha foram deixados para trás e, aos poucos, o articulador brasileiro dá sinais de que está voltando a ser aquele jogador acostumado.

Com a temporada chegando ao final, bem como seu empréstimo aos Colchoneros, Diego deve definir em breve por uma permanência na Espanha, ou uma nova chance na Alemanha. Mas qual seria a melhor escolha?

Fazendo um nome no Calderón

"Desde a saída de Ariel Ibagaza, a articulação se tornou um problema para o Atlético de Madrid. Isso até a chegada de Diego."

A equipe madrilena teve uma temporada de início preocupante, mas se reencontrou a tempo e hoje briga por uma posição boa no Campeonato Espanhol, e sonha com a Liga Europa. No entendimento de Adrián Boullosa, do Goal.com Espanha, Diego foi a exceção à regra no Vicente Calderón, mantendo um bom nível de atuações durante todo o ano. Até por isso, caiu nas graças da torcida, que se empolga com o estilo de jogo vistoso do brasileiro.

Não por acaso, as melhores atuações do Atlético estiveram atreladas aos dias em que o brasileiro estava inspirado. O camisa 22 é o jogador capaz de levar o jogo da defesa ao trio ofensivo formado por Arda Turan, Adrián e o goleador Falcao, uma função fundamental na estratégia de jogo do técnico Diego Simeone.

O ‘casamento’ entre Diego e os Colchoneros, contudo, pode vir a terminar em junho. Por mais que o brasileiro seja um nome importante no time da capital espanhola, o clube passa por dificuldades financeiras e o meia, valorizado após uma temporada bem-sucedida, se tornaria um alvo fora da realidade financeira do Atlético. De qualquer forma, o esforço no sentido de manter o jogador no Calderón será grande. 

Uma chance para o recomeço

A saída de Diego no início da temporada certamente ajudou o Wolfsburg a acalmar os ânimos no vestiário, pondo um fim na queda-de-braço entre o brasileiro e o técnico Felix Magath. O problema é que, dentro de campo, os Lobos continuam inexpressivos: a campanha que quase levou a equipe à segunda divisão, em 2010/11, deu lugar a um desempenho apenas razoável este ano, que deve terminar, inclusive, sem uma classificação para um torneio continental.


Recentemente, os dois ‘brigões’ admitiram a possibilidade de uma reconciliação, abrindo novamente as portas para o meia na Wolkswagen Arena. A grande questão está na reação da torcida do Wolfsburg, que ficou desapontada não só com o futebol abaixo do esperado, mas também com a falta de profissionalismo do então camisa 28. Vale lembrar: na rodada decisiva da Bundesliga passada, que decidiria o futuro dos Lobos, Diego não gostou de saber que ficaria no banco em um jogo contra o Hoffenheim, e simplesmente deixou a concentração.

Não há como negar, porém, que alguns dos melhores anos da carreira do armador foram em solo alemão. Diego foi um verdadeiro líder no Werder Bremen entre 2006 e 2009, jogando um futebol que o colocou entre os melhores da Bundesliga, lembra Claas Philipp, do Goal.com Alemanha. Embora não encontre motivos para a queda de rendimento na Juventus e no Wolfsburg, nosso colega acredita que o brasileiro tenha assimilado o estilo de jogo praticado no país.

Com a cabeça no lugar, e a confiança retomada, quem sabe, Diego ainda pode ser o jogador que os Lobos esperam, e pelo qual pagaram quase 15 milhões de euros.


   Claas Philipp, Goal.com Alemanha

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