quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Liverpool e Ajax defendem exclusão das competições europeias por conta do “fair-play” financeiro

Dirigentes dos clubes de futebol Liverpool e Ajax defenderam hoje sanções duras para equipes que não cumprirem “fair-play” financeiro, imposto pela UEFA, como a exclusão das competições europeias, em vez das penalizações pecuárias.

“É preciso que punições sejam fortes logo de entrada. Se não se aplicarem estes princípios a um clube como o Real Madrid, não vão ter qualquer efeito”, afirmou o diretor-executivo do clube holandês de Amsterdam, Henri Van der Aat, num evento sobre o mercado dos direitos esportivos, em Mónaco.

Em setembro, o Sporting e outras 22 equipes continentais viram as verbas conquistadas em 2011/12 pelas prestações na Europa retidas pelo Órgão de Controlo Financeiro de Clubes (OCFC) da UEFA até conseguirem apresentar toda a documentação necessária à fiscalização da respetiva situação económica.

Entretanto, a situação teria já sido desbloqueada em outubro, mês no qual também tomou posse o novo presidente do OCFC, o português Cunha Rodrigues, antigo Procurador-Geral da República Portuguesa e até a pouco o juiz do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias.

“É preciso excluir os clubes das taças europeias. A Liga dos Campeões sobreviverá sem um ou dois dos melhores clubes porque há muitas equipes boas”, continuou Van der Aat, apoiado pelo diretor-executivo dos “reds” ingleses, Ian Ayre, o qual advogou “interdição das contratações” para os clubes que não obedecerem as determinações financeiras.

O dirigente do Liverpool acrescentou ser “muito importante para a credibilidade da UEFA ser dura nos castigos”.

Ayre apontou ainda os grandes contratos de patrocínio que envolve o nome de recintos de futebol - como os de uma empresa aérea dos Emirados Árabes Unidos com o Manchester City ou um banco do Qatar com o Paris Saint-Germain - como formas de ludibriar as regras do “fair-play” financeiro.

“É preciso uma aplicação rigorosa dos regulamentos entre as partes. Há um mercado de contratos de patrocínio legítimos e razoáveis que se tem de respeitar”, concluiu o responsável do Liverpool.

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