quarta-feira, 20 de junho de 2012

Roger Guerreiro pode voltar ao futebol brasileiro


Em entrevista ao band.com.br, Roger Guerreiro está há seis anos longe do futebol brasileiro, disse que o retorno a um clube do país pode acontecer antes do que ele imaginava. Passando férias no Brasil, o agora meia (não joga como lateral há sete anos, desde que foi para a Europa) quer deixar a Grécia de qualquer maneira, já que a crise financeira do país vem lhe afetando diretamente. Ele não recebe salários a um ano do AEK Atenas, clube que defende desde 2009.

“Lá em Atenas eu vivo longe do centro, onde acontece as manifestações. Para mim, em particular, influencia muito tanto na vida profissional como na particular, com a família. Isso afeta bastante, mas já estou em contato com meus empresários para buscar uma solução e sair dessa situação. Tenho chance de voltar, assim como tenho de continuar na Europa, mas vou procurar uma solução para sair da Grécia”, disse. “É muito sofrimento. Você vai nas ruas e muitas lojas estão fechadas, com anúncios de ‘aluga-se’ e ‘vende-se’. Em clássico que antes iria 40 ou 50 mil pessoas, hoje em dia vai de 10 a 15 mil. Com certeza influenciou no país inteiro, não só entre os atletas, mas na sociedade em geral”, acrescentou o atleta, de 30 anos.


Roger acredita que nem mesmo a possível conquista do bicampeonato da Eurocopa neste ano melhoraria a situação do país. “Amenizaria emocionalmente, a torcida ficaria um pouco feliz. Mas não vai amenizar no bolso. Eu tenho amigos lá que trabalhavam por 1000 euros e, com os cortes, passaram a ganhar 500. Mas não podem sair do emprego porque é melhor ganhar 500 do que nada. Está uma situação bem difícil”, afirmou.

Sobre a possível volta ao futebol brasileiro, o atleta diz não ter preferência de clube, mas faz uma exigência: que jogar de meia, já que não tem o mesmo físico de quando saiu do Brasil.
“Já estou há sete anos na Europa. Criei uma boa experiência. Voltaria com uma boa bagagem e em plena forma. Estou com 30 anos e hoje, com os recursos que tem, dá para jogar até os 40. Não tenho preferência. Tudo vai da proposta que aparecer. Não só financeiramente, mas do projeto em si e da estrutura do time”, disse.

Goal.com

Siga-nos no Facebook no Twitter

0 comentários: